Mostra “Subversivas” ocupa Goiânia com palhaçarias feministas, afro-brasileiras e queer
Entre os dias 17 e 19 de outubro, Goiânia será palco da Mostra de Palhaçarias Subversivas, um festival inédito que une humor, crítica social e representatividade. Realizada pela Meraki Produção Cultural em parceria com a Farândola Teatro-Circo, a iniciativa celebra as palhaçarias feministas, afro-brasileiras e queer, com uma programação gratuita que ocupará ruas, praças e centros culturais da cidade.
A mostra, financiada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura e pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), propõe uma reflexão sobre o papel político do riso. “Chamamos de Subversivas porque queremos que o riso também seja insurgência. É um espaço para que vozes femininas, negras e LGBTQIA+ ocupem a cena e transformem o riso em ferramenta de resistência”, afirma a idealizadora Fernanda Pimenta, que também assina o espetáculo Malagueta na Labuta, obra de abertura do evento.
Além de apresentações artísticas, a Mostra oferece oficinas, rodas de conversa e cortejos, valorizando o humor como forma de empoderamento e expressão. Todas as atividades contam com acessibilidade em Libras.
Programação
A abertura acontece na sexta-feira, 17, com a oficina “Jogando com a palhaça: comicidade e ofício”, ministrada pela brasiliense Lelê Marins, e o espetáculo Malagueta na Labuta, da Farândola Teatro-Circo, no Circo Lahetô, às 20h.
No sábado, 18, o Prosperidade Cultural recebe a roda de conversa Nossas, Novas e Notas sobre palhaçarias subversivas, seguida pelos espetáculos Parabólica Show, da Circo Travessia (DF), e A Mulher Festa, da palhaça Fronha Lafayete (SP/MA). A noite encerra com o show Zabumba de Chita, grupo de Pirenópolis.
O domingo, 19, marca o encerramento na FETEG, com cortejo de rua, espetáculo da Cia Boca do Lixo (Inventando Moda) e a Variété Subversiva, que reúne artistas como Superela, Toinha Balalaika, Travessura, Amnésia e Soldara, sob direção de Lelê Marins e Antônia Villarinho.
A Mostra Subversivas reforça a presença feminina e queer em uma tradição historicamente masculina: a palhaçaria. As artistas envolvidas propõem uma revisão crítica das cenas clássicas do circo e do teatro, transformando o riso em ferramenta de questionamento social.
“Mesmo na arte cômica, o corpo feminino e dissidente foi silenciado por muito tempo. Agora, ele é centro, voz e riso”, destaca Fernanda Pimenta.
Leia também
O post Mostra “Subversivas” ocupa Goiânia com palhaçarias feministas, afro-brasileiras e queer apareceu primeiro em Jornal Opção.