Sem Tarcísio na disputa presidencial, abre-se espaço para o obstinado Ronaldo Caiado
Vilmar Rocha relata que conversou com Ratinho Júnior na casa de Gilberto Kassab. Este diz que o governador do Paraná será candidato a presidente da República
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não está empolgado com a disputa presidencial. Um dos motivos é a crise gestada por setores do bolsonarismo. Ele teme ser atacado, durante a campanha, menos pelo PT e muito mais pelo fogo-amigo, o da turma do barulhento Eduardo Bolsonaro.
Então, sem Tarcísio de Freitas, como ficam as direitas? Há o governador do Paraná, Ratinho Júnior, do PSD. Há o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil. E há o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo.
Num jantar na casa de Gilberto Kassab, eminência parda de Tarcísio de Freitas, o ex-deputado federal goiano Vilmar Rocha ouviu que Ratinho Júnior será o candidato do PSD a presidente da República. Para ser elegante, Kassab arrolou também o nome do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que, no seu mutismo, até o Cristo Redentor sabe que será candidato a governador.
De acordo com Vilmar Rocha, Ratinho Júnior é “uma simpatia, uma pessoa simples”. Os dois conversaram na residência de Kassab, em São Paulo.
Ninguém aposta em Romeu Zema para presidente, dado o fato de não ser um político nacional.
Com a ausência — ou relutância — de Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, dos pré-candidatos, é, possivelmente, o que mais crescerá. Porque é um político, dado seu trabalho no Congresso (como deputado e senador) — e à sua política de segurança pública, que é conhecida em todo o país —, nacional.
Vilmar Rocha diz que Ratinho Júnior é muito circunscrito ao Paraná. “Ronaldo Caiado não é mais apenas de Goiás. É do país. E sinto que há uma expectativa positiva em relação ao governador goiano.”
Kassab disse a Vilmar Rocha que Tarcísio de Freitas não está blefando. “Ele não quer ser candidato a presidente.”
A política de segurança pública de Ronaldo Caiado é conhecida em todo o país. Por que, de repente, o governo de Lula da Silva, do PT, começou a combater, com mais vigor, o crime organizado? Há dois motivos. Primeiro, porque a população está preocupada e assustada com a questão. Segundo, porque, em Goiás, Ronaldo Caiado conseguiu resolver o problema. “Numa campanha nacional, o discurso do político goiano pode pegar”, assinala Vilmar Rocha. “E é preciso acrescentar que se trata de um político obstinado.” (E.F.B.)
O post Sem Tarcísio na disputa presidencial, abre-se espaço para o obstinado Ronaldo Caiado apareceu primeiro em Jornal Opção.