ru24.pro
World News in Portuguese
Октябрь
2024
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Réus por matar cabo da PM durante racha vão a júri popular 12 anos depois do crime

0

Os réus por matar o cabo da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), Luciano Alves Rabelo, aos 35 anos, vão a júri popular 12 anos depois do crime ocorrido em setembro de 2012, em Cabeceiras. O PM, que era lotado em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, estava em serviço quando foi atropelado por um carro em alta velocidade. O condutor do veículo participava de um racha pela GO-346. 

LEIA TAMBÉM

Réu por provocar mortes de policiais do COD em acidente, caminhoneiro mentiu para ocultar verdadeiro motorista

Quatro policiais morrem em acidente com carreta em Cachoeira Alta

O júri de Quirino Ferreira Neto, motorista do carro que atingiu o cabo, e Dhiego Bruno de Jesus, que também participava do racha, está previsto para novembro deste ano. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) decidiu pelo julgamento popular em 2023, mas a decisão acabou sendo anulada em 2ª Instância a pedido da defesa. A decisão, no entanto, foi restabelecida após apelação apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Racha

Segundo o processo, era por volta das 18h do dia 29 de setembro de 2012 quando Luciano e Quirino saíam de uma carreata de um então candidato a prefeito para Cabeceiras (GO) e decidiram seguir em seus carros para o povoado de Lagoa (GO).

Por volta do mesmo horário, uma viatura do Grupo de Patrulhamento Tático do 16º Batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás (GPT/PMGO) se deslocou de Formosa (GO) para Cabeceiras, para dar apoio ao policiamento do município em razão dos eventos políticos que aconteciam na data.

Informados de um grande fluxo de pessoas se dirigindo para o povoado de Lagoa, os policiais se foram ao km 42 da rodovia GO-346, onde encontraram um veículo suspeito parado às margens da via. Os militares estacionaram a viatura no sentido contrário e o cabo Luciano saiu do veículo corporativo para dar início ao procedimento de abordagem.

Durante a travessia da pista, Luciano foi atropelado pelo carro conduzido por Quirino, que arremessou a vítima a 100 metros de distância. O veículo dirigido por Dhiego, também em alta velocidade, veio logo atrás. Ambos os motoristas seguiram viagem sem parar ou prestar socorro.

Quirino teria seguido sentido Lagoa até um local ermo, onde abandonou o veículo. Enquanto isso, Dhiego se dirigiu ao hospital de Cabeceiras, para ter notícias sobre o estado de saúde do PM. O carro de Quirino foi encontrado em frente à casa do irmão dele, na entrada do povoado de Lagoa, onde estavam o irmão do autor e o tio de Dhiego, vereador de Cabeceiras à época. 

Ao observar a chegada da PM-GO, o dono do imóvel teria ido ao carro para retirar vários itens, como documentos pessoais e um cheque de Quirino. O veículo, segundo a corporação, estava “depenado”, tendo sido removidas as rodas esportivas e equipamentos de som. Latas de cerveja também teriam sido retiradas do carro para encobrir o crime.

Ao longo das cinco horas que se seguiram após o ocorrido, registros telefônicos dos acusados mostraram que os suspeitos comunicaram-se pelo telefone pelo menos 11 vezes. As ligações revelaram inclusive que, no momento do acidente, os acusados encontravam-se nas proximidades da GO-346.

Quirino também teria entrado em contato com o pai, que o teria levado para a casa de um tio, onde passou três dias até se apresentar à Delegacia de Formosa, com o objetivo de fugir do flagrante.

Defesas

Ao longo do processo, Quirino assumiu o atropelamento, no entanto, afirmou que acreditava ter atropelado um motociclista após ter sido cegado pelo farol da mesma. O condutor disse ainda que não parou o veículo porque tinha medo da polícia. Quirino alegou ainda que não viu em nenhum momento o policial militar, e que a viatura do GTP/PMGO estaria com as sirenes e sinais luminosos desligados no momento do atropelamento. 

Dhiego, por sua vez, alegou que não estava presente na via no momento do acidente e que a ideia de disputar um racha contra Quirino era “sem sentindo, vez que o carro de Quirino é uma Parati antiga e que não teria força para uma corrida com o Golf, mais novo e de motor mais potente”. 

O segundo autor também justificou as idas ao hospital como apenas “curiosidade”, sendo esse um costume dos habitantes da cidade em ocasião de um acidente. Os autores justificaram as ligações dizendo que o sinal da região seria instável, ocasionando na queda das ligações após alguns minutos de chamadas, e que Quirino teria ligado para Dhiego pois ele era mecânico e já teria realizado serviços na Parati envolvida no acidente.

O Jornal Opção não conseguiu localizar as defesas dos condutores para que se posicionassem.

O post Réus por matar cabo da PM durante racha vão a júri popular 12 anos depois do crime apareceu primeiro em Jornal Opção.