Luísa Costa Gomes (parte 1): “O que vemos em massa como livro é autoajuda, proselitismo e moralismo. Um livro não é uma couve lombarda!”

É uma das vozes literárias portuguesas mais marcantes. Luísa Costa Gomes prepara um romance de ficção científica e acaba de lançar uma nova colecção de histórias breves: “Visitar amigos e outros contos”. Aqui fala de como não cede à pressão do tempo, é crítica da produção massiva de “um certa evangelização, moralismo e didatismo” nas obras que enchem as livrarias, fala da “espiral descendente” e “estupidificação geral” da televisão, e alerta para o perigo dos dogmas e da morte da democracia. E esclarece ainda que não viveu nenhum renascimento, após um percalço. “Tive pneumonia, nada demais. A vida tem umas sacudidelas. Penso na morte desde que nasci, faz parte.” Ouçam-na aqui nesta primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça. Boas escutas!