No UP desde 2020, Luciana Amorim ressalta dificuldades com desigualdade de verbas entre partidos
Servidora pública de carreira, Luciana Amorim (UP) está na chapa do Professor Pantaleão (UP) para prefeito em Goiânia. Há mais de 20 anos atuando como analista judiciária, ela entrou para a política em 2020. Dois anos depois, ainda participou da sua primeira eleição como vice na chapa para governador do mesmo candidato que disputa junto neste ano.
Em entrevista para o Jornal Opção, Amorim conta que sempre teve interesse em questões sociais e políticas, mas nunca havia entrado em um partido até conhecer o UP. Ela ressalta que o Unidade Popular (UP) é o partido mais alinhado com os seus pensamentos e que conheceu Pantaleão e a sigla durante a pandemia da Covid-19.
“Entrei no UP em 2020, durante a pandemia, e achei a proposta muito alinhada ao que eu sempre busquei”, conta a servidora da Justiça Federal. “Antes, eu sentia um vazio existencial, uma insatisfação com o estado atual das coisas. Nesse período, me envolvi mais com movimentos sociais e conheci o Pantaleão, uma pessoa que me inspirou muito com sua trajetória de luta”, finaliza.
Dentro do partido, a servidora disse que sentia “em casa” e que já tentou se aproximar de outros partidos, mas nenhum outro correspondia com o que esperava. “Quando conheci o Unidade Popular, percebi que finalmente encontrei um espaço onde me sentia em casa. Acredito que a política deve ser uma ferramenta de transformação social”, relatou.
Dentro do partido, ela está em sua segunda eleição como vice de Pantaleão, a primeira foi em 2022 para governador. Na ocasião, a chapa obteve 5.400 votos e 0,15% do percentual.
Desafios
Dentro da política, Amorim ressaltou as dificuldades em alavancar o partido entre os moradores de Goiânia. Apesar da capital ser considerada dominada pela “direita”, ela acredita que conseguiria mais espaço para as ideias socialistas se tivesse a mesma oportunidade que outras legendas.
“Atualmente, enfrentamos grandes desafios em termos de financiamento. O fundo eleitoral que recebemos é muito pequeno comparado ao que outros partidos têm. Para você ter uma ideia, nossa participação no fundo é de apenas 0,06% do total. Enquanto isso, partidos maiores recebem quantias que chegam a quase R$ 900 milhões, isso torna a disputa desigual”, disse a candidata a vice em Goiânia.
Independente das dificuldades, a candidata também ressalta que o partido segue buscando espaço com panfletagem e interação direta com a população, apesar de faltarem recursos e tempo de televisão. “Quando conversamos com as pessoas nas ruas, percebemos que há um anseio por mudanças. As pessoas estão cansadas do sistema atual e dispostas a ouvir alternativas”, pontua.
Servidora para a política
Antes de ingressar na política da capital goiana, a vice do UP é analista judiciária da Justiça Federal em Cuiabá, Mato Grosso. Como a forma de trabalho é remota e em outro estado, a Amorim conta que não precisou se ausentar das atividades durante a campanha. “Continuo trabalhando porque eu não tenho vinculação com trabalho aqui, por isso não precisei me afastar”, explica.
Amorim também é natural de Anápolis e lá cursou direito antes de ingressar no serviço público.
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