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Missil lançado do Iêmen atinge Israel e porta-voz dos Houthi se pronuncia sobre o ataque

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Na manhã deste domingo, 15, Israel foi alvo de um raro ataque de míssil dos Houthis, um grupo rebelde iemenita apoiado pelo Irã. As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que o projétil atravessou o território israelense. Entretanto, caiu em uma área aberta no centro do país, sem causar feridos.

De acordo com o porta-voz militar dos Houthis, a interceptação do míssil não foi completamente eficaz. Isso porque se trata de um modelo balístico hipersônico de última geração, que supostamente percorreu 2 mil quilômetros em cerca de 11 minutos. Logo, atingiu o território israelense sem que conseguissem inteceptá-lo completamente.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Israel ‘não deixará barato’ ataque dos Houthis. A origem das explosões que a população testemunhou em áreas mais povoadas, segundo as FDI, foi o sistema de defesa antimísseis israelense. Afinal, o exército tentou interceptar o projétil inimigo.

A populaçao de Israel teme

A reação israelense foi imediata, com as forças militares isolando a área de impacto para investigar os destroços. Os militares mobilizaram quipes de desativação de bombas foram mobilizadas na região de Shfela, onde fragmentos do interceptador caíram.

As autoridade locais divulgaram imagens de uma estação de trem em Modi’in, cidade entre Tel Aviv e Jerusalém, com grandes nuvens de fumaça e vidros quebrados. As sirenes de alerta soaram no centro e no norte de Israel, espalhando temor entre a população. Vídeos nas redes sociais mostraram passageiros no aeroporto de Tel Aviv correndo em busca de abrigo, enquanto explosões eram ouvidas em áreas densamente povoadas.

Para aumentar o terror público, o porta-voz ainda sugeriu que o país deveria esperar mais ataques, agora que se aproxima o “aniversário do conflito”. O primeiro ataque do Hamas, que deu origem aos demais atos, ocorreu no dia 7 de outubro de 2023.

Frentes de ataque contra Israel

Além do ataque vindo do Iêmen, Israel enfrenta ameaças simultâneas no norte. Na mesma manhã, aproximadamente 40 projéteis foram lançados do Líbano, com alguns sendo interceptados e outros caindo em áreas desabitadas. Embora não houvesse relatos de feridos, os danos materiais foram significativos, com incêndios sendo reportados em várias regiões.

As FDI investigam o uso de drones explosivos, pois pelo menos um atravessou a fronteira com o Líbano e atingiu a cidade de Metula, entretanto, sem causar danos. As tensões com o Hezbollah, outro grupo apoiado pelo Irã, também estão aumentando. Relatos indicam que o grupo tem disparado foguetes e drones contra instalações militares no norte de Israel.

Em uma aparente manobra para evitar o aumento de baixas civis, lançaram panfletos no sul do Líbano, alertando a população para evacuar áreas de onde o Hezbollah estaria conduzindo ataques. Portanto, fica claro que o ataque deste domingo não é um evento isolado. Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, os Houthis têm intensificado suas operações militares contra Israel.

Embora tenham interceptado maioria dos drones e mísseis, a capacidade desses grupos de atingir alvos israelenses continua sendo uma ameaça real. O apoio do Irã aos Houthis e ao Hezbollah reforça a percepção de que o conflito em Gaza pode abrir frentes em outras partes do Oriente Médio.

Por sua vez, a presença desses grupos em várias regiões eleva a possibilidade de uma escalada maior no conflito, que envolva múltiplos países em uma guerra de proporções mais amplas, no pior dos cenários.

Um momento de reflexão sobre o quadro geral

Os recentes ataques diretos ao território israelense trazem à tona o medo de que o conflito se espalhe por toda a região, abrindo novas frentes de combate. Líderes internacionais têm expressado preocupações com esse cenário, temendo que a já delicada situação no Oriente Médio se agrave ainda mais. Embora os esforços diplomáticos continuem, as respostas militares têm se mostrado a principal linha de ação dos envolvidos diretos.

Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, mais de 40 mil palestinos morreram, segundo o Ministério da Saúde do território, sem distinção clara entre combatentes e civis. O impacto sobre a população civil, especialmente entre mulheres e crianças, tem gerado condenações em diferentes fóruns internacionais. A resposta israelense ao ataque de 7 de outubro, que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses e no sequestro de 250 pessoas pelo Hamas, também é reprovável pois reforça o ciclo de violência, que se distancia do fim.

A pergunta que surge, diante da escalada recente, é até onde esse conflito pode se expandir e quais serão as consequências para a região e seus povos.

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