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Inteligência artificial, riscos de um novo totalitarismo e o amor

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A Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade. Deixou de ser um sonho. Um sonho que promete a liberdade ao ser humano. Com a IA a vida como a conhecemos será coisa do passado.

Os desenvolvedores da IA prometem um novo mundo: livros escritos sem escritores; problemas equacionados sem matemáticos; produtos fabricados sem o concurso de mão de obra humana; doenças tratadas sem os cuidados de médicos; guerras sem soldados… e por aí vão os sonhos.

As consequências se apresentam como algo assustador para nós, os leigos. O que será dos empregos e das profissões liberais se a produção e os serviços serão robotizados? Estaremos quase todos desempregados?

Nós estaremos tão estupefatos como quando vemos os resultados de aplicativos que usam os  algoritmos. Usamos, por exemplo, um Waze sem conseguir atinar com o seu funcionamento. Como é possível orientar os motoristas de todo o mundo, todo o tempo, por todas ruas e vielas, em tempo real? Até parece magia.

Em recente artigo nesta coluna, publicado em junho de 1924, sob o título de “A Jornada da Humanidade, livro de Oded Galor, explica origem da riqueza e da desigualdade”, que aborda as diversas revoluções tecnológicas, lê-se que o aumento de produtividade por elas conseguidas foram neutralizadas pelo aumento populacional.

Acontece que desta vez uma revolução tecnológica acontece em condições diversas. As perspectivas, ao contrário das vezes anteriores, são de decréscimo populacional e de acentuado envelhecimento da população.

A confluência do aumento da produtividade (qualitativa e quantitativa ) com o decréscimo populacional e o seu envelhecimento trarão efeitos ainda não totalmente percebidos. Não sabemos em que mundo viverão os nossos netos nas próximas décadas. Esta é a questão.

O que temos hoje é um amplo espaço para especulação. Podemos projetar com razoável possibilidade de acerto de que os trabalhos rotineiros serão os mais prejudicados. A robotização encontra facilidade nas tarefas repetitivas.

O que não signifique que outras atividades ficarão isentas de serem eliminadas ou desvalorizadas.  Fala-se em  diagnósticos médicos, orientações jurídicas, projetos de engenharia…todos atendidos pela IA nos computadores.

Em contrapartida serão  valorizados os profissionais dedicados à IA. A obsolescência das profissões será uma dura realidade.

A IA promete fazer de tudo e melhor do que faria um humano. Até aí, no que diz respeito, a produtos e serviços mais baratos, tudo bem. A resultante será o desemprego. Como os governos vão administrar a falta de ocupação para a grande massa da população? Como haverá poder aquisitivo em regime de desemprego, mesmo em uma população menor?

Não só a população será afetada. Os governos terão também que se adaptar usando a IA para enxugar a máquina administrativa e reduzir o seu custo para o cidadão.

 Os governos serão tentados a prover renda (pouca, pois os produtos serão muito baratos) para os subempregados ou desempregados; a reduzir a poucas horas a semana de trabalho; a criar lazer para os desocupados; substituindo os empregadores… Panis & circus estará na mira dos políticos, como sempre esteve desde os romanos.

George Orwell , mesmo prevendo no seu livro “1984” a possibilidade de um totalitarismo opressivo, não podia imaginar o potencial de perigo a ameaçar a sociedade com a existência de instrumento de informação como a IA . Com ela poderemos ser joguetes nas mãos de ditadores inescrupulosos.

Neste mundo, estaria sob sério risco o ideal do governo mínimo, que poderá dar lugar ao seu oposto, um governo totalitário.

Mesmo entre as nações o mundo será diferente. As desavenças entre elas serão resolvidas sem mortes. As guerras seriam entre os instrumentos da IA. O que não seria de espantar, pois hoje já existem drones teleguiados assim como serão os tanques, aviões, foguetes e navios. Os soldados serão dispensáveis nas guerras.

Entretanto,  de todas as mudanças a que mais assusta os pessimistas é a perda de controle sobre a máquina e ela  adquirir vida própria e virar-se contra a humanidade.

A salvo só estará um processo que não será alterado nesse mundo novo — o amor. O amor continuará a prevalecer. Esta é a única  certeza.

Não inventaram e não inventarão nada igual. O amor é a própria natureza humana. Não depende de nenhum tipo de inteligência, principalmente uma artificial. O amor é insubstituível. É natural.

Leia sobre a origem da riqueza e da desigualdade

O post Inteligência artificial, riscos de um novo totalitarismo e o amor apareceu primeiro em Jornal Opção.