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Carta de um americano: Kamala Harris presidente pode representar o fim do império dos EUA

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Leitor da minha coluna no Jornal Opção, Rubens (meu filho) repercutiu meu artigo “Kamala Harris pode ser considerada a Dilma Rousseff dos Estados Unidos?” (11 de agosto de 2024). Como se trata de um cidadão americano, sua opinião retrata o sentimento de uma parcela representativa do eleitorado. O texto contém experiencia vivida, a qual nós não conhecemos. Por isto entendi que a publicação da sua carta é de interesse do eleitor e do leitor, pois é um complemento ao meu artigo. Vamos lê-lo a seguir .

Fort Lauderdale

Rubens Simeira Jacob

Com respeito ao seu artigo “Kamala Harris pode ser considerada a Dilma Rousseff dos Estados Unidos?”, publicado no Jornal Opção, tenho, como eleitor americano, um testemunho a dar.

Donald Trump sempre foi um gângster. Durante seus quatro anos como presidente, comportou-se como um líder presunçoso e arrogante. Negociava com base na força, o que o fez impopular no mundo afora.

Pessoalmente, elegê-lo não é o ideal. Mas prefiro ter de mudar meu negócio, a ter de mudar de país. Serei afetado pelas taxações de Trump — com a sua ótica protecionista. Como importador da China, o meu negócio será prejudicado.

Fazendo uma retrospectiva dos quatro anos de Trump veremos que:

1

Ele faz o que promete.

2

Não houve nenhuma guerra pelo mundo. Os “saidinhos” se acovardaram (Coreia do Norte, líderes terroristas etc.).

3

A economia foi muito bem até a esquerda criar os lock downs — contra a opinião dele.

4

Em nenhum momento desrespeitou a brilhante Constituição americana.

5

Defendeu os valores conservadores e de respeito à propriedade.

6

Se compararmos os exemplos citados com a experiência de uma administração “boazinha e simpática”, vamos constatar os desastrosos resultados das gestões democratas.

Mais do que os aspectos políticos e econômicos, me preocupa a corrupção moral e ética. A cultura que fez a grandeza deste país está mudando para o pior. As novas gerações estão sendo deseducadas.

Estamos desaprendendo que a riqueza é fruto do trabalho e da poupança; que o governo não dá nada que não tirou de alguém; e que a liberdade de expressão não deve existir só se agradar ao que são “mais iguais que os outros”; que o direito de propriedade não é um direito só dos despossuídos; que existem diferenças entre os sexos; que assassinar fetos já desenvolvidos é crime ; que catequizar crianças a serem LGBTQI não é função do governo e escolas; que os erros dos brancos europeus de 500 anos atrás não tornam os brancos de hoje culpados pela situação social de negros, uma vez que perante a lei todos os direitos são iguais; que abrir as fronteiras aos imigrantes ilegais não é uma maneira ética de ganhar eleições¹; que a Constituição deve ser revista para atender a interesses de grupos.

Enfim, foi o governo de Barack Obama que começou a pregar esses conceitos socialistas e a divisão de classes. Esse período foi quebrado por Donald Trump, a exemplo do que fez o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os socialistas no poder tornam-se cada vez mais radicais. Quatro ou oito anos de Kamala Harris — candidata a presidente pelo Partido Democrata — serão por certo o fim do império e o início de uma grande e decadente nação socialista. Tenho certeza de que isto acontecerá assim que este novo governo colocar suficientes juízes na Suprema Corte, que será o curso natural tendo em vista a idade dos magistrados.

A situação é preocupante. Hoje 50% da população jovem americana se considera socialista. As gerações mais velhas são por volta de 1/3. Com estes números crescendo, é inocência acreditar que não estamos fadados ao socialismo se Trump não lhes quebrar as pernas… agora.

Concordo que a próxima escolha do presidente americano será uma escolha entre o risco de, com Trump, perder o meu negócio e, com a Kamala,  perder os valores da cultura que escolhi para criar a minha família.

Nota do autor

¹ Elon Musk, maior empresário dos Estados Unidos, acusa os democratas de estarem estimulando intencionalmente imigrantes ilegais para alargar a base eleitoral de estados em que detém a maioria. Maior população, mesmo ilegal, aumenta o número de delegados que votarão no futuro presidente.

Leia mais sobre a disputa eleitoral nos Estados Unidos

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