Mitra, o “depósito” dos miseráveis. Documentário sobre um dos capítulos mais sombrios e menos conhecidos do Estado Novo
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Nos armazéns de uma antiga fábrica de cortiça, em Lisboa, a ditadura prendeu, ao monte, sem condenação nem recurso, quem queria ‘limpar’ das ruas - pedintes, vadios, aleijados, loucos e prostitutas. A Mitra era a cidade dos mal-amados. Rapavam-lhes o cabelo, metiam-lhes uma farda de cotim e um número ao pescoço, a lembrar um campo de concentração. Controlados pela PSP, mais de 20 mil adultos e crianças foram ali escondidos do olhar público, muitos por várias décadas. Catarina Maria entrou há 70 anos. E ainda lá está. Leia a reportagem na íntegra esta sexta-feira na Revista E