Falhou mais uma vez: golpes na América Latina
No dia 26 de junho os militares bolivianos à mando do general Juan Zuñiga tentaram perpetrar um golpe ao atual presidente Luis Arce (@LuchoXBolivia), com a desculpa de que não aceitaria a candidatura do ex-presidente Evo Morales e que pediria para que o conselho de ministros fosse destituído, isso parecia ser interesse próprio, mas talvez tenha muito mais por trás de suas intenções, isso por conta do interesse dos Estados Unidos no lítio do país, (novo produto usado como combustível para os automóveis, por conta das baterias dos carros elétricos, que são confeccionadas dessa forma) este que já foi assinado um acordo econômico para a exportação com China e Rússia.
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Assim como o oito de janeiro de 2023 no Brasil, a imagem de Luis Arce apontando o dedo para que o general e suas tropas voltarem para os quartéis, entrará para a história de seu país e de toda a América Latina, como foi o caso da caminhada na esplanada dos três poderes, que não sairá da lembrança dos brasileiros.
Isso mostra um contexto diferente e esperançoso para a região de que os respectivos golpes do século XX e os dos anos 2019 (na Bolívia) e de 2016 (no Brasil), não serão mais permitidos pelos povos e pelas instituições civis dos distintos países latino-americanos.
*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduado em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola, Especialista em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil e formado em licenciatura em Letras Português/Espanhol. Mestrando no Programa de Integração Contemporânea Latino-americana da UNILA – Universidade Federal da Integração Latino-americana.
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