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Февраль
2024

Alems é notificada, mas futuro de Neno Razuk como deputado depende de denúncia

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi notificada sobre o processo envolvendo o deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL), que se tornou réu acusado de chefiar uma quadrilha ligada à exploração do jogo do bicho em Campo Grande.  Durante sessão desta quinta-feira (22), o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), esclareceu que a notificação informa a existência do processo, mas ressaltou que a investigação não está diretamente relacionada ao mandato parlamentar, por isso, uma possível investigação interna ou afastamento só será discutido se houver pedido formal de um partido político.  "Fomos oficiados, mas só é uma obrigação legal da Casa se manifestar se tiver pedido de algum partido político. Ninguém pediu, e se ninguém pediu, fica do jeito que está. Está na lei, qualquer partido político pode pedir e, se pedir, temos que apreciar", explicou o presidente da Assembleia. O deputado Neno Razuk, que alega ser vítima de uma armação, teve a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) aceita pela Justiça, que o aponta como líder de uma organização criminosa envolvida na disputa pelo monopólio do jogo do bicho na capital. No ano passado, o Gaeco chegou a pedir a prisão do deputado, alvo principal da Operação Sucessione, que teve duas fases no fim do ano passado. A investigação gerou denúncia de 526 páginas, apresentada à Justiça em dezembro. Todos os documentos, trocas de informações com unidades policiais e de inteligência, vigilâncias, entrevistas, reconhecimentos operacionais, tomada de depoimentos levaram a identificar Neno como o “cabeça” de organização criminosa que entrou na disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande, espaço deixado pela família Name, que sofreu revés com a Operação Omertà. Para dominar o território campo-grandense de exploração do jogo de azar, ainda na tese do Gaeco, o político tinha em seu grupo agentes da segurança pública, que recebiam propina e auxiliavam na prática de roubos. O objetivo das ações era cooptar pessoas ligadas aos adversários para ampliar o poder na Capital. Para a investigação, o deputado contava com a ajuda, por exemplo, do major aposentado da Polícia Militar, Gilberto Luiz dos Santos, conhecido como “Major G. Santos”, “Coronel” ou “Barba”, para gerenciar o esquema.