![](https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230222150236_b539f5f8-fccb-45ad-a2eb-016a87be6e34.jpg)
Autoridade monetária reduziu a taxa Selic de 11,75% para 11,25% ao ano
247 – Nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central adotou uma abordagem cautelosa, optando por uma redução de meio ponto percentual na taxa Selic e mantendo uma comunicação neutra. Os analistas do mercado financeiro afirmam que a decisão reflete a preocupação com o atual cenário econômico, apesar da continuidade da desinflação.
Para os economistas, a falta de novidades no comunicado do Copom sinaliza um reconhecimento de que o momento ainda exige cautela. Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, observou que a decisão já era amplamente esperada e que não deve resultar em revisões significativas nas projeções para a Selic até o final do ano, segundo reportagem do Infomoney.
Luis Cezário, economista chefe da Asset 1 Investment Company, destacou a mudança no cenário econômico, com sinais mais preocupantes de inflação, especialmente relacionados aos salários e aos serviços. Esse contexto, segundo Cezário, torna os riscos mais balanceados e justifica a postura conservadora do Copom.
Carla Argenta, economista chefe da CM Capital, argumentou que, apesar da estabilidade internacional e do cenário-base consistente, o Banco Central mantém a estratégia de redução gradual da taxa de juros.
Rafaela Vitória, economista chefe do Banco Inter, ressaltou a importância da moderação diante de expectativas de inflação de longo prazo ainda não totalmente ancoradas, enquanto Adriana Dupita, economista sênior para a Bloomberg Economics, observou um tom mais cauteloso no comunicado do Copom em relação ao ambiente econômico global.
Andrea Damico, economista chefe da Armor Capital, avaliou que o Copom poderia ter sido mais incisivo em suas projeções de inflação para os próximos anos, mas optou por manter um discurso prudente, reconhecendo a crescente relevância do horizonte de 2025.