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Февраль
2024

Vladimiro Montesinos é condenado a mais de 19 anos de prisão pelas chacinas de 1992 no Peru

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Promotoria havia solicitado uma sentença de 25 anos de prisão para o ex-chefe da inteligência de Alberto Fujimori Télam - A Justiça do Peru condenou nesta quarta-feira (31) Vladimiro Montesinos a 19 anos e 8 meses de prisão. Montesinos foi chefe dos serviços de inteligência do ex-presidente Alberto Fujimori e foi condenado pelas chacinas de Pativilca e La Cantuta, ambas ocorridas em 1992 pelo grupo militar Colina. Montesinos, atualmente detido na Base Naval do Callao, um dos principais centros de detenção do país sul-americano, foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e desaparecimento forçado. A promotoria havia solicitado uma sentença de 25 anos de prisão para Montesinos pelo assassinato, em janeiro de 1992, de seis camponeses na província de Pativilca. No entanto, a defesa de Montesinos, com base na legislação peruana, pediu que esta última pena seja considerada cumprida devido ao tempo que ele já passou na prisão desde que foi condenado a 25 anos pelas chacinas de La Cantuta e Barrios Altos em 2001. Essa figura legal já o livrou em outras ocasiões de prolongar seu estado de prisão e permitiria sua libertação em junho de 2026. As vítimas foram executadas pelo Grupo Colina, um esquadrão da morte que operou durante os dois primeiros anos do mandato do recentemente libertado Alberto Fujimori. O Grupo Colina foi apontado por vários crimes contra a humanidade durante a primeira parte da década de 1990, incluindo as já mencionadas chacinas de La Cantuta e Barrios Altos, pelas quais Fujimori foi condenado a 20 anos de prisão, embora tenha conseguido ser libertado por meio de um controverso indulto humanitário. A promotoria pediu que todos os envolvidos neste caso, incluindo Fujimori, Montesinos e outras 21 pessoas, sejam condenados a 25 anos de prisão. Enquanto os demais réus não aceitaram se valer da figura jurídica da "conclusão antecipada", continuarão sendo julgados. Montesinos também terá que pagar, de forma solidária, 500.000 sóis (131.000 dólares) para cada um dos herdeiros legais do caso Pativilca e 50.000 sóis para os do caso La Cantuta.