As múltiplas funções de Gonçalves de Magalhães
Admiro demais esses personagens de nossa história que exerceram múltiplas funções. Hoje parece que tudo se especializa cada vez mais e a gente acaba se esquecendo daqueles sujeitos que foram múltiplos. Um deles foi Gonçalves de Magalhães. Ele foi médico, poeta, diplomata, ensaísta. Na Literatura, Gonçalves Magalhães foi um dos pioneiros do movimento romântico.
Ele nasceu em 1811, no Rio de Janeiro. Formou-se em medicina em 1832 e partiu em viagem para a Europa aperfeiçoar seus estudos médicos. Se a poesia o encantava na juventude, essa passagem pelo Velho Mundo o fez conhecer o Romantismo, movimento literário que destacava o nacionalismo e o indivíduo. Voltando para o Brasil, Magalhães trouxe consigo a novidade romântica. Escreveu o poema “Confederação dos Tamoios”, que mostrava sua visão fantasiosa da vida indígena.
Apesar do seu pioneirismo no Romantismo brasileiro, a crítica literária não foi favorável à escrita de Gonçalves Magalhães. Ele também foi alvo das críticas do escritor José de Alencar. Eram tempos bastantes agitados em nossa cultura, com novidades e polêmicas. Porém, o poeta médico não teve só desafetos no meio literário. Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre eram seus amigos de escrita.
Provando sua multiplicidade, Magalhães atuou na diplomacia brasileira. Em 1847, começou sua carreira nas relações internacionais e atuou em missões diplomáticas na Argentina, França, Itália e no Vaticano. O poeta morreu em 10 de julho de 1882, em Roma. Suas obras estão disponibilizadas na internet.
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