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Jaqueta usada por jovem que matou magnata explode em vendas nos EUA; amigos de Luigi o descrevem como ‘solidário’

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Luigi Mangione

A morte de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, assassinado a tiros na última quarta-feira (4), criou uma busca pela jaqueta usada pelo suspeito do crime, Luigi Mangione, de 26 anos. Parte do público nos Estados Unidos está tratando o atirador como “herói” em meio a críticas às práticas das seguradoras de saúde.

Após a polícia divulgar imagens de Luigi em busca de obter ajuda para capturá-lo, os estadunidenses passaram a admirar a imagem do atirador e aumentar a demanda pela jaqueta jeans, possivelmente uma Levi’s trucker. O item foi esgotado em algumas lojas online após especulações de internautas.

Postagens no Reddit apontaram outras peças caras, como uma mochila de US$ 299,99 e um tênis Hermès avaliado em US$ 1.050, associando o suspeito a marcas de luxo. Luigi foi preso na segunda-feira (9) em um McDonald’s na Pensilvânia.

“Vivia com dor e era solidário”

Luigi Mangione foi descrito por amigos como uma pessoa “atenciosa” e “solidária”. Várias pessoas que conviveram com o jovem de 26 anos disseram ter ficado chocadas com a prisão dele.

“Ele era uma pessoa atenciosa e profundamente solidária em tudo que ele fazia. Fico triste de pensar no quanto ele deve estar se sentindo sozinho”, disse Jackie Wexler, que morou com Mangione e até frequentou a Universidade da Pensilvânia com ele, ao jornal The New York Times.

Segundo a descrição de ex-colegas, Luigi era um jovem dedicado à leitura e aos exercícios físicos, e costumava transitar pela ilha de O’ahu, onde vivia, no Havaí, apenas de bicicleta. Em 2022, ainda como parte de um clube de leitura com os colegas de ilha, ele leu o manifesto de Ted Kaczynski, o terrorista Unabomber, que teria inspirado seu crime.

Outro amigo havaiano de Mangione destacou que, apesar de ativo, o rapaz convivia com dor crônica, que o impedia de viver normalmente. O problema teria surgido graças a um nervo comprimido por uma vértebra. “Ele sabia que namorar e ter relações íntimas não era possível graças ao problema que ele tinha nas costas”, contou RJ Martin, dono de uma das casas em que Mangione morou no Havaí, ao The New York Times.

Aaron Cranston, um amigo de ensino médio de Mangione, descreveu o colega como “especialmente inteligente”. Segundo Cranston, também ouvido pelo The New York Times, o suspeito desenvolvia aplicativos de celular antes mesmo de entrar na Universidade da Pensilvânia, uma das mais importantes dos Estados Unidos, onde se formou bacharel e mestre em ciência da computação.

Família era conhecida por caridade

Muito antes do tiroteio, da perseguição e da prisão de Luigi Mangione em conexão com o assassinato de um executivo da área da saúde, o sobrenome Mangione já era bem conhecido em Baltimore, nos Estados Unidos.

Os Mangione são apoiadores de longa data de inúmeras causas e instituições locais, incluindo a Loyola University Maryland e o Greater Baltimore Medical Center, onde a unidade de obstetrícia de alto risco leva o nome da família. Até esta semana, esses empreendimentos comerciais e filantrópicos eram a principal fonte de destaque da família.

Um relatório policial interno obtido pelo The New York Times afirmou que escritos encontrados com Mangione indicavam que ele via o assassinato como um desafio direto à “suposta corrupção e ‘jogos de poder’” da indústria de saúde.

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