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Macacos fofos fazem sucesso nas redes, mas cuidar deles não é como ter um cachorro

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Folha 
Com suas caras, bocas e olhos marcantes, compartilhados em figurinhas do WhatsApp e vídeos fofos, você provavelmente já viu um macaquinho nas redes sociais, achou o máximo e até pensou em ter um em casa. Mas acredite: esse não seria um presente muito fácil de ganhar do Papai Noel neste próximo Natal.

Os macacos-pregos, nome dado aos primatas dessa espécie nativa do Brasil e de países vizinhos na América do Sul, são mesmo impressionantes. Um dos animais mais inteligentes do mundo, eles têm a habilidade de imitar os humanos e fazer coisas que nem crianças conseguem ou podem fazer, como esfregar roupas em um tanque ou cortar alimentos com uma faca.

É por essas habilidades incomuns, somadas à fofura, que alguns macaquinhos têm muitos seguidores na internet. Você conhece algum deles?

A mais famosa é a brasileira Olívia (@OliviaMacaca), que conquistou 1,1 milhão de fãs com os vídeos que sua tutora faz de suas estripulias. Gaitlyn Rae (@LifeWithGaitlyn), que vive nos Estados Unidos e tem 444 mil fãs, faz sucesso com sua habilidade para usar garfo, faca e tudo o que vê pela frente na cozinha.

Mas antes de desejar ter um macaquinho-prego -ou de qualquer espécie- como um bichinho de estimação, é importante saber que eles não são como cachorros ou gatos. Veja as respostas para as principais dúvidas que você pode ter.

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Você pode ter um macaquinho em casa, mas?
Você não pode pegar um macaquinho em qualquer árvore ou floresta e levá-lo para morar contigo. Isso é ilegal, e o Ibama, o órgão que cuida do meio ambiente no país, pode multar seus pais em milhares de reais ou até mesmo prendê-los na cadeia. Os macaquinhos vistos nas redes sociais, especialmente os que fazem parte de uma família e têm nomes, são comprados legalmente e monitorados com microchips. No Brasil, existe somente um criadouro autorizado a vender macacos-pregos, que fica no interior do estado de Santa Catarina.

Eles custam mais do que qualquer outro presente
Esta é a parte que seus pais talvez não gostem de saber: um macaquinho-prego pode custar até R$ 100 mil. Com esse valor, é possível comprar um carro ou uns 15 PlayStations mais uns 10 iPhones, todos dos modelos mais novos, para presentear a família toda.

Eles são mais arteiros do que você
Cuidar de um macaquinho também pode custar caro. Eles têm que usar fraldas, porque sua digestão é muito rápida e eles não conseguem ir ao banheiro sozinhos. Precisam visitar o veterinário frequentemente e ainda demandam companhia constante de um adulto, já que são muito arteiros e podem causar até acidentes dentro de casa.

Eles precisam de companhia
Você não vai querer mantê-los em uma gaiola, certo? Apesar de pequenos -com até 45 centímetros e quatro quilos-, se ficarem presos por muito tempo, eles podem ficar tristes, com depressão, e desenvolver doenças, como os seres humanos. Além disso, mantê-los presos pode ser considerado um crime de maus-tratos contra animais, o que daria um problemão para os seus pais, caso um vizinho descubra e conte para o Ibama. Vale dizer também que você não pode forçar um macaquinho a imitar um humano e fazer coisas como andar em pé, sobre duas patas, como alguns vídeos da internet mostram. Isso também pode pôr sua família em apuros com a Justiça.

Eles são um amigo para a vida toda
Tem que estar preparado para cuidar deles por muito tempo, viu? Fora da floresta, os macacos-pregos podem viver até 50 anos. Então, antes de pedir um de presente, pense bem. Será que ele seria feliz morando na sua casa? E será que você seria feliz tendo que dar tanta atenção a ele?

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Os macacos famosos

Olívia (@OliviaMacaca)?
Com os vídeos de suas estripulias, conquistou 1,1 milhão de seguidores

XingXing (@XingXingMonkey)
Da espécie macaco tibetano, vivia em um circo, onde perdeu um braço, e está há 15 anos com a família que a resgatou

Gaitlyn (@LifeWithGaitlyn)
Ama ficar na cozinha e, com 12 anos, aprendeu bem a usar garfo e colher

Samuel (@MacacoSamuel)
Carinhoso, gosta de brincar e dar beijos e abraços em seus tutores Leia mais (12/06/2024 - 23h00)