Entrevista a Plutonio: “Acho que me libertei de um certo estilo de vida que vinha associado ao ‘bairro’, que é de onde eu venho”
Ao quarto álbum, procurou a sua liberdade de não ser visto apenas como um produto ou um símbolo do Bairro da Cruz Vermelha, em Alcabideche, onde nasceu e onde continua a residir. “Carta de Alforria” está a ser preparado desde 2019 e é sinónimo da sua ambição artística: um disco duplo onde o R&B melódico ganha proeminência, entre ncursões por géneros como o funaná ou, claro, o hip-hop onde se move. Em fevereiro, a consagração está marcada para uma já esgotada Meo Arena, a maior sala de concertos do país. Plutonio ainda não acredita no que está a acontecer: “É surreal. Habituei-me a que a minha música tivesse um teto. E esse teto, se não tinha sido quebrado pelos meus ídolos, muito dificilmente seria quebrado por alguém da minha geração. E muito menos eu…”