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Октябрь
2024

Câmara cobra informações e dados sobre remoção de gratificações dos efetivos da Comurg

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A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) removeu as gratificações dos funcionários efetivos na última semana. A medida teve opiniões divididas entre os vereadores da capital. Alguns parlamentares lamentaram a situação, mas ressaltaram que as contas públicas precisam se ajustar, outros questionaram a situação da empresa pública.

O vereador Telêmaco Brandão (Novo) apresentou um requerimento solicitando informações sobre o funcionários afetados. Segundo o parlamentar, cerca de 730 servidores foram afetados e ele cobra desde então os nomes de todos e os valores que a Comurg economizou com a medida. Entretanto, ele conta que ainda não obteve resposta.

“É fundamental saber quem são os servidores afetados, o motivo da remoção das gratificações e o valor economizado”, ressalta o vereador, em entrevista para o Jornal Opção. “O corte das gratificações coincide com a perda de um contrato de R$ 2 milhões com o aterro sanitário, algo que poderia ser uma fonte de receita para a Comurg”, afirma.

Essa situação levantou questionamentos por parte de Brandão: “Como o Paço Municipal cancela um contrato que poderia gerar receita e, ao mesmo tempo, corta funções?”. Segundo o vereador, a Comurg precisa ter transparência a respeito dos atos públicos e fornecer as informações necessárias para os parlamentares, imprensa e toda a população.

Segundo o o parlamentar, a Comurg ainda não estipulou prazo para as informações solicitadas. Por isso, ele aguarda as respostas antes de estabelecer o próximo passo, considerando até a possibilidade de ações judiciais. O Jornal Opção também entrou em contato com a empresa pública a respeito dos dados e aguarda um posicionamento. O canal segue aberto.

Opiniões divididas

Após a decisão da Comurg, alguns parlamentares comentaram sobre a medida que remove as gratificações dos servidores efetivos. Por exemplo, o vereador Izídio Alves (DC), único servidor da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), considerou a determinação como “precipitada”. Ele defendeu que outras ações fossem tomadas antes dessa situação.

“O trabalhador que está há 10, 15 ou até 20 anos na função não pode ser penalizado. Deveriam cortar os comissionados primeiro”, questionou o vereador. Segundo ele, a remoção de gratificações medida prejudica os trabalhadores de menor escalão e por isso sugeriu a alternativa de exonerar os comissionados para redução de gastos na Comurg.

Os vereadores Paulo Magalhães (UB) e Lucas Kitão (UB) também se manifestaram contrários a medida. O primeiro sugeriu remover os “supersalários” da empresa pública, enquanto o segundo apontou possibilidade de “pedalada de pagamento”. “Os servidores vão pode processar a Comurg futuramente para cobrar esses valores”, ressaltou Kitão.

Por fim, o ex-presidente da CEI da Comurg, Ronilson Reis (Solidariedade), considerou o corte como um “mal necessário”. Ele ressaltou que o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) precisa garantir o equilíbrio fiscal até o final do mandato. “É o fim da festa, o prefeito precisa fechar as contas ou responderá por improbidade administrativa”, afirma.

Projeto contra exonerações

Brandão também comentou sobre a exoneração e recuo de quase dois mil servidores comissionados na Prefeitura de Goiânia. O vereador lamentou o ocorrido e apontou que houve isso poderia ser uma retaliação aos resultados eleitorais. Por isso, ele conta que pretende apresentar um projeto de lei para evitar que essa situação se repita em Goiânia.

“Vamos apresentar um projeto de lei que proíbe a demissão de comissionados até o fim do exercício, depois do resultado das eleições. Se contratam servidores comissionados, eles precisam segurar o funcionário até o final do ano, se não é melhor nem contratar, já que é para trabalhar e não para realizar campanha política”, explica o vereador do Novo.

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