Foguete da Starship pousa em torre de lançamento isntala em alto mar pela primeira vez; vídeo

Neste domingo, 13, a SpaceX atingiu um marco histórico no desenvolvimento de seu superfoguete Starship ao conseguir, pela primeira vez, recuperar o primeiro estágio do foguete em um pouso controlado diretamente na plataforma de lançamento, localizada em Starbase, no Texas. Esse feito, realizado durante o quinto voo da série Starship, representa um passo crucial para viabilizar o uso reutilizável do foguete, essencial para os planos da Nasa de realizar missões tripuladas à Lua ainda nesta década, dentro do programa Artemis 3.

O lançamento ocorreu dentro da janela de 30 minutos prevista, com a decolagem às 9h25, no horário de Brasília. O primeiro estágio do foguete, conhecido como Super Heavy, se separou após dois minutos e 41 segundos de voo, retornando com sucesso para a plataforma de onde havia sido lançado. A SpaceX utilizou o sistema “Mechazilla”, um conjunto de garras mecânicas que seguram o foguete em pleno ar, garantindo um pouso preciso. Esta estratégia de recuperação é inédita para foguetes desse porte e visa a máxima eficiência na reutilização da estrutura.

A recuperação bem-sucedida do primeiro estágio marca um avanço importante na visão da SpaceX de realizar lançamentos em rápida sucessão, elemento fundamental tanto para seus planos de colonização de Marte quanto para as missões da Nasa. A reutilização do veículo sem a necessidade de grandes reparos pode reduzir significativamente os custos e o tempo entre os lançamentos.

No entanto, o caminho para a plena reutilização do Starship ainda está em desenvolvimento. Embora o primeiro estágio tenha sido recuperado com sucesso, o segundo estágio do foguete seguiu para o espaço, realizando uma trajetória suborbital que terminou com uma reentrada atmosférica sobre o oceano Índico. O veículo conseguiu sobreviver ao calor da reentrada, mas, como planejado, explodiu ao cair no mar. A SpaceX espera dominar a recuperação do segundo estágio até 2025.

Essa realização foi precedida por uma disputa com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que demorou a liberar a licença de lançamento devido a preocupações com mudanças no perfil de voo. A SpaceX pressionou publicamente pela autorização, e a FAA cedeu, acelerando o processo de licenciamento.

O sucesso desse teste fortalece os planos da SpaceX para as futuras missões, como o retorno tripulado à Lua e o envio de missões não tripuladas a Marte nos próximos anos. Contudo, desafios técnicos permanecem, como a demonstração da capacidade de reabastecimento em órbita terrestre, um passo essencial para missões de longa distância.

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