Oligarquia de Otavinho Lage e Jalles Fontoura já pode pedir música no Fantástico
O PIB de Goianésia é formatado, em larga escala, pelos negócios da família Lage, que é competente em termos empresariais. Seus negócios são bilionários.
Otavinho Lage, de direita, e Jalles Fontoura, de esquerda, são irmãos e contribuíram e contribuem, como políticos e, sobretudo, como empresários, para o desenvolvimento de Goianésia e parte do Vale do São Patrício.
Portanto, é preciso ser justo. A família Lage é decisiva para o crescimento econômico de Goianésia.
Mas há o problema de sempre com as oligarquias econômicas e políticas: acham que podem tudo e que o povo não conta.
Como são poderosos, em termos econômicos, Otavinho Lage e Jalles Fontoura acreditam que podem lançar uma “pedra” e elegê-la.
Nas três últimas eleições para prefeito, os hermanos não ganharam uma. Por isso, nas ruas as pessoas brincam: “Otavinho e Jalles já podem pedir música no ‘Fantástico’”. De fato, podem. Talvez a “Valsa do adeus”.
1
Em 2016, o então prefeito Jalles Fontoura (PSDB) foi derrotado pelo oposicionista Renato de Castro, então no MDB.
Jalles Fontoura, além de milionário, estava no comando da Prefeitura de Goianésia — uma máquina poderosa. Ainda assim, foi derrotado, obtendo 49,29% dos votos válidos.
Renato de Castro conquistou 50,71% dos votos válidos., impondo uma dura derrota à família Lage.
2
Em 2020, Otavinho Lage teria proibido Jalles Fontoura de ser candidato, pois temia uma nova derrota.
Então, Otavinho Lage e Jalles Fontoura decidiram apoiar o candidato do MDB, o jovem advogado Pedro Gonçalves.
Mais uma vez, o candidato da família Lage foi derrotado.
Leozão do Renatão (Leozão Menezes), candidato então filiado ao DEM, ganhou com 45,02% dos votos. Sua força advinha muito mais da popularidade do primo Renato de Castro, que o bancou.
Pedro Gonçalves foi bem votado, mas perdeu. Conquistou 42,87% dos votos. É bem possível que a família ajude, com dinheiro, e atrapalhe seus candidatos — por não ter votos suficientes para transferir para eles.
3
Em 2024, numa operação errática, Otavinho Lage e Jalles Fontoura, os donos do dinheiro em Goianésia, decidiram apoiar a candidatura à reeleição de Leozão Menezes, agora filiado ao PL de Jair Bolsonaro. O Partido Liberal e o apoio de Bolsonaro também não ajudaram em nada o candidato.
A vitória da oposição agora foi bem mais maiúscula. Renato de Castro (União Brasil) foi eleito com 56,12% dos votos (25.278 votos). Ele venceu duas máquinas gigantescas: a prefeitura, sob o “comando” de Leozão Menezes, e a estrutura da família Lage (que é maior do que a da prefeitura).
Leozão Menezes obteve uma votação vexatória para um prefeito: 37,34% dos votos válidos (16.790 votos). Depois da derrota acachapante, é provável que se retire da política. Aliás, na campanha, ele permaneceu o tempo inteiro “desanimado”, tendo de ser empurrado por Otavinho Lage e Jalles Fontoura.
Henrique Vilela (Novo), de 27 anos, ficou em terceiro lugar, com 5,38% dos votos válidos (2.417 voto). A seguir, em quarto lugar, Carlos do Itapuã (PT) ficou com 1,06% dos votos válidos (475 votos). (E.F.B.)
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