Padrinhos políticos que não conseguiram eleger seus candidatos
As eleições municipais de 2024 em Goiás foram marcadas por uma série de derrotas de candidatos que contavam com o forte apoio de padrinhos políticos influentes. Figuras conhecidas e com histórico de sucesso em outras campanhas viram seus afilhados não conseguirem alcançar os votos necessários para se elegerem, revelando um desgaste na transferência de capital político e a maior independência do eleitorado goiano.
Um dos exemplos mais notáveis foi o de Elon Cruz (SD), filho do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. Concorrendo ao cargo de vereador em Senador Canedo, Elon Cruz, assim como seu pai, não conseguiu se eleger, frustrando as expectativas do grupo político que acreditava em uma vitória certa na região. Elon teve apenas 583 votos ficando como terceiro suplente da legenda.
Outro caso que chamou atenção foi o de Arianne Cândido (UB), que recebeu o apoio expressivo da deputada federal Sylvie Alves. Ela chegou a gastar mais de R$ 500 mil em sua campanha e teve 2998, mas não conseguiu garantir uma vaga na Câmara Municipal de Goiânia, ficando apenas como suplente.
Hudson Marçal (PL), irmão do influenciador Pablo Marçal (PRTB), que concorreu a prefeito de São Paulo, também não conseguiu ser eleito vereador em Goiânia. Concorrendo pelo PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Hudson obteve apenas 915 votos, número insuficiente para conquistar uma das 37 cadeiras na Câmara Municipal.
A Professora Ludmyla Morais (PT), apoiada pela deputada estadual e presidente do Sintego, Bia de Lima, também ficou apenas como suplente nas eleições. O apoio direto de uma liderança forte no setor de educação não foi suficiente para garantir sua eleição.
Além disso, o Vinicius Du Delegado Waldir (UB), filho do Delegado Waldir, ficou como suplente de vereador.
Esses resultados refletem um cenário de mudança no comportamento do eleitorado goiano, que está cada vez mais crítico e menos suscetível à influência direta de lideranças tradicionais. A eleição de 2024 demonstrou que, em muitos casos, o apoio de padrinhos políticos de peso não foi suficiente para garantir uma vaga nos legislativos municipais, sinalizando a busca por renovação e independência por parte dos eleitores.
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