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Октябрь
2024

Em Goiás, mais de 7 milhões de crianças não têm acesso a saneamento básico

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De acordo com o Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, a realidade das crianças de 0 a 15 anos em Goiás revela um quadro alarmante em relação ao acesso a esgotamento sanitário e água potável. No estado, 7.022.513 crianças, o que equivale a 47,77% da população nessa faixa etária, vivem sem acesso a serviços adequados de esgotamento sanitário. Esta situação não só compromete a saúde pública, mas também agrava desigualdades sociais que impactam o desenvolvimento infantil.

A tabela 7555 do Censo detalha os diferentes tipos de esgotamento sanitário disponíveis nos domicílios. A maior parte das crianças sem acesso a uma rede geral depende de fossas sépticas ou, em muitos casos, de soluções menos adequadas, que não garantem a higiene e o saneamento necessários. O contexto é ainda mais preocupante quando consideramos que a falta de esgoto adequado pode resultar em surtos de doenças, colocando em risco a vida e a saúde das crianças.

Além da questão do esgotamento sanitário, a falta de acesso à água potável também é uma preocupação crescente. Em Goiás, 832.922 crianças, ou 11,86% da população infantil, não têm acesso a água tratada. Esses dados, extraídos da tabela 6894, indicam que a situação da distribuição de água nas comunidades é crítica, refletindo uma infraestrutura deficiente que pode comprometer não apenas a saúde, mas também a qualidade de vida das famílias.

É importante ressaltar que esses dados referem-se exclusivamente a domicílios particulares permanentes ocupados, não abrangendo situações de moradia que podem ser ainda mais vulneráveis. A ausência de informações sobre a população indígena e as especificidades de cada grupo étnico no censo também evidencia a necessidade de um olhar mais atento e inclusivo, que reconheça as particularidades de cada segmento da sociedade.

Os dados do Censo de 2022 nos lembram da urgência de políticas públicas efetivas que garantam o acesso universal a esgotamento sanitário e água potável. O investimento em infraestrutura, aliado a programas de conscientização e educação em saúde, é essencial para mudar essa realidade. Sem uma ação decisiva, as crianças de Goiás continuarão a ser as mais afetadas por essas lacunas, comprometendo seu futuro e o desenvolvimento sustentável da região.

Diante deste cenário, é fundamental que a sociedade civil, o governo e organizações não governamentais se unam em prol da promoção de condições dignas para todas as crianças, assegurando que tenham acesso a direitos básicos e fundamentais que garantam sua saúde e bem-estar. A proteção e o investimento na infância são, sem dúvida, investimentos no futuro do Brasil.

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