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Vereadores são pegos de surpresa com exonerações e vão ao Paço, mas nem Segov sabia o que estava acontecendo

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Com colaboração de Bonny Fonseca

Os vereadores foram pegos de surpresa após o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) exonerar 1,9 mil servidores comissionados nesta terça-feira, 8. Parlamentares chegaram a ir até o Paço para buscar mais informações, mas não encontraram o prefeito, que de acordo com informação de bastidores estava em Brasília acompanhado da primeira-dama, Thelma Cruz.

Segundo vereadores ouvidos pela reportagem eles se reuniram com o secretário de Governo, Jovair Arantes (Republicanos) e com o chefe de gabinete do prefeito, José Firmino, mas nem eles tinham todas as informações sobre exonerações publicadas no Diário Oficial desta terça-feira. A reportagem tentou contato com os dois auxiliares, mas não tivemos retorno até o fechamento desta matéria.

Um parlamentar disse sob reserva que o fato do próprio governo não saber o que estava acontecendo não é algo novo. “Vindo da Prefeitura é algo que a gente pode esperar, agora as consequências para a população são sérias”, afirmou o vereador.

Reação

Para vereadora Sabrina Garcez (Republicanos), uma das principais aliadas de Cruz, a medida foi prejudicial para Goiânia. A parlamentar aponta que as exonerações vão atrapalhar o funcionamento da cidade até recomposição da gestão.

“Quando você disputa uma eleição, a vitória ou a derrota fazem parte, mas não dá para usar a raiva e exonerar todo mundo sem critério. A cidade vai entrar em um caos. Entendo que o prefeito queira reorganizar a estrutura para os últimos três meses, mas precisa ser de uma forma organizada. As pessoas precisa de atendimento e dos serviços públicos, principalmente dos essenciais”, critica a vereadora.

Por conta das exonerações, a parlamentar ressaltou que inúmeros serviços estão parados na capital porque não há trabalhadores. Por exemplo, o trânsito pode ficar caótico porque os operadores de trânsito foram desligados. Não há atendimentos na Saúde municipal e manutenção de outras funções básicas em Goiânia.

O mesmo alerta também foi feito por outros vereadores, incluindo Henrique Alves (MDB). O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa entende que o prefeito tem autonomia para alterar o quadro de servidores, mas também alertou para os riscos. “É ruim para a cidade e um prejuízo para a sociedade como um todo, os atendimentos ficam prejudicados e acho que ele (Rogério) precisa rever essa situação”, conta.

Isaías Ribeiro, assim como Garcez, outro aliado de Cruz antes de indicar apoio para Mabel, conta que teve indicações exoneradas no Paço Municipal. “Não vejo com bons olhos porque ele precisaria terminar bem a legislatura, mas é o que eu sempre falo: cada um sabe o que faz. Eu acredito que isso não foi pensado de uma hora para a outra e agora vamos aguardar, se ele vai chamar para conversar ou se vai rever as exonerações”, afirma.

Outros parlamentares também não pouparam críticas ao prefeito. Por exemplo, Denício Trindade (UB) disse que essa decisão reflete uma “dor de cotovelo” do prefeito e considerou a situação grave.

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