PF revela recorde histórico de dinheiro vivo apreendido em eleições: R$ 21 milhões

06.10.2024 21:00

Jornal Opcao

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, anunciou que as eleições deste ano marcaram um recorde histórico de apreensões, com R$ 21 milhões em dinheiro vivo confiscados. Este montante supera de forma expressiva os valores registrados nas eleições de 2022, quando R$ 5 milhões foram apreendidos, e nas de 2020, com apenas R$ 1 milhão.

“Isso demonstra uma atuação muito firme da polícia judiciária eleitoral. Há um problema de recursos significativo nas campanhas eleitorais. O nosso trabalho coordenado tem trazido bons resultados, disse o diretor-geral da PF durante visita ao Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília.

Durante uma coletiva neste domingo, 6, Rodrigues informou que as operações resultaram na condução de 57 pessoas à sede da PF e na apreensão de R$ 184 mil em espécie somente neste domingo de eleições. Até o momento, foram abertos 19 inquéritos policiais e registrados 20 termos circunstanciados, além de 22 prisões em flagrante.

Entre os casos de maior destaque, está a prisão de dois candidatos a vereador em Boa Vista, suspeitos de corrupção eleitoral. Um dos candidatos foi preso em casa, com R$ 70 mil em espécie e uma arma de fogo, sendo investigado por compra de votos.

“Não tenho como comentar nenhum caso concreto. Toda pessoa que portar dinheiro tem que esclarecer a origem e o destino e as razões pelas quais têm esses valores consigo”, disse ele.

Outro incidente relevante foi a tentativa de homicídio de um candidato a vereador em Redenção da Serra (SP). O político foi alvo de disparos enquanto trafegava por uma rodovia na madrugada deste domingo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo.

Andrei Rodrigues visitou a sala de comando e controle montada na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, onde representantes das Secretarias de Segurança Pública dos Estados acompanham, em tempo real, a atualização de ocorrências e prisões ligadas ao pleito eleitoral de 2024.