Eleição goianiense projeta 2026 com oposição entre Caiado e Lula
Faltando poucos dias para eleição municipal, o embate mais provável em um segundo turno, levando em conta pesquisas de diversos institutos, será entre Adriana Accorsi (PT) e Sandro Mabel (UB). Os candidatos representam opostos no campo político e o embate deve projetar uma oposição nacional, entre o governador Ronaldo Caiado (UB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Adriana nasceu em berço petista, sendo filha de Darci Accorsi, que chegou a ser prefeito de Goiânia em uma ocasião. Hoje, a deputada federal é a candidata de Lula na capital que apesar de conservadora, teve três administrações do PT de 2002 até 2016 – de todo modo o cenário das eleições deste ano não estão favoráveis à esquerda devido a impopularidade de Lula no estado. Porém, pesquisas mostram a força do nome de Accorsi na percepção da população.
Na última rodada do Opção Pesquisas, Accorsi figurava na segunda posição com 19,7% das intenções de voto. A petista aparece atrás apenas do candidato governista, Sandro Mabel com 26,8%.
Mabel, por sua vez, é um político de carreira que deixou a vida política por vários anos. O empresário é um grande amigo do governador Ronaldo Caiado e é o nome escolhido pelo próprio Caiado para concorrer à prefeitura de Goiânia. O candidato governista tem, ao seu lado, a força do governador mais bem avaliado do Brasil e historicamente o mais bem avaliado em Goiânia.
Os levantamentos do Opção Pesquisas mostram crescimento acelerado de Mabel após o início da campanha no rádio e na televisão. Os materiais se concentraram em apresentar o candidato e fazer associação direto ao governador e agora ele lidera as pesquisas.
A campanha dos dois foi diferente, muito por conta de quem os apoiava. Enquanto Mabel era visto em carros de som, carreatas e comícios ao lado de Caiado, a presença de Lula na campanha de Accorsi foi mais discreta. Mesmo sendo uma das petistas mais competitivas em capitais, Lula só participou de uma gravação com a candidata. Porém, isso se deve muito ao distanciamento que a campanha da petista acredita que deve acontecer, por conta da reprovação de Lula em Goiânia e em Goiás.
Esse entendimento de dentro do QG petista veio do medo da desidratação de Accorsi já na pré-campanha por conta do sentimento antipetista no eleitorado da capital. No meio desta decisão existe um equívoco, não houve teste.
A campanha não testou a imagem ou o discurso do ex-presidente no rádio e na TV. Nas redes sociais, em uma checagem rápida, existe uma publicação em que Lula fala sobre Accorsi durante uma entrevista à Rádio Difusora Goiânia, quando presidente esteve na cidade para a inauguração do BRT Norte-Sul.
Do outro lado, na campanha de Mabel a presença do governador na campanha é constante, poderia até ser maior, mas é na medida certa para comunicar ao eleitor que aquele é nome apoiado por Caiado. O possível embate mostrará, ao menos em Goiânia, quem tem mais força para 2026, porque as eleições gerais tem início a partir do dia 28 de outubro, ou seja, no final do pleito municipal o clima muda e é possível que já seja possível perceber um acirramento mais notório entre os dois grandes nomes da política nacional.
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