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Bandeiras de cartões de crédito proíbem pagamento de bets desde terça

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A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) iniciou a proibição de cartões de crédito como meio de pagamento em apostas e jogos online. A decisão ocorre após reunião extraordinária que contou com representantes de Visa, Mastercard, Elo, American Express, além de bancos e meios de pagamento.

O Ministério da Fazenda proibiu a modalidade de pagamento em bets a partir de 1º de janeiro de 2025. Pagamentos por Pix, TED, boleto e cartões de débito ou pré-pagos ainda serão permitidos para fazer apostas.

Dados do setor indicam que 90% das apostas são feitas por Pix. A Abecs diz que “o uso do cartão de crédito dentro desse segmento se revelou inexpressivo”. Para a entidade, a decisão foi baseada “na crescente preocupação do setor de cartões em torno da prevenção ao superendividamento da população e do crescimento das apostas online no país”.

Em setembro, a Associação Nacional de Jogos e Loterias e o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável afirmaram que seus associados deixariam de aceitar pagamentos por cartão de crédito. O setor afirma que a adoção do método de pagamento é baixo.

Empresas de pagamento que atuam com bets informaram que já evitavam aceitar pagamento com cartões de crédito. A recomendação ocorre pelo alto índice de cancelamentos por parte de apostadores. As empresas dizem que o comportamento gera risco para o iniciador do pagamento.

“Âncora da economia”

Na última terça-feira, 24, o Banco Central (BC) publicou um estudo técnico sobre o mercado de jogos e apostas. Segundo a análise, os brasileiros transferem entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês para as “bets”. Isso significa 15% de todo o faturamento anual do comércio brasileiro deste ano. A questão foi considerada grave o suficiente para provocar reuniões entre empresários e governo, e causar a declaração do ministro da Fazenda Fernando Haddad, que cobrou impostos “como os do cigarro” para o setor e reclamou da demora de sua regulamentação definitiva.

Desde então, se desenha no debate público a tese de que as bets desviando recursos do consumo são responsáveis pela sensação de estagnação econômica, apesar da melhora dos indicadores. Afinal, apenas os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas em agosto, o que foi equivalente a 14% do total de repasses do programa naquele mês. Na prática, o governo tem transferido recursos públicos para o mercado das apostas, ainda isento de impostos.

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