Deputados goianos repercutem eleições para a presidência da Câmara
Nos bastidores da política, o clima anda tenso em torno das eleições para a presidência da Câmara dos Deputados. Nos bastidores, os parlamentares apontam uma crescente irritação de Elmar Nascimento (UB-BA), o que tem gerado uma série de especulações e discussões no meio político.
Elmar estaria frustrado com a falta de apoio do presidente Arthur Lira (pP-AL). A motivação, segundo interlocutores, é que Lira iria apoiá-lo na sucessão, mas, de repente, já não está mais tão claro. Enquanto isso, o deputado Hugo Mota (Republicanos-PB) tem conseguido ganhar esse espaço, principalmente porque é um nome que vem agradando tanto o governo, quanto a oposição.
O Jornal Opção entrou em contato com os deputados da bancada goiana para entender a situação na visão deles. Adriano do Baldy (pP) se esquivou de dizer como o Progressistas está lidando com o tema. “No momento, eu só tenho olhar para o Estado de Goiás, pelos candidatos do Progressistas no Estado nas eleições, meus aliados. Essa questão da Câmara nós vamos discutir após as eleições. Nós vamos aguardar a orientação do partido. Está muito vago ainda as coisas, está muito longe ainda de começar a definir alguma coisa”, disse.
Já Zacharias Calil (UB), quando questionado sobre seu apoio político e com quem planeja votar, afirmou: “Eu voto com o meu partido, que é o nosso líder Elmar Nascimento. Nós temos reunião na próxima segunda-feira, todos nós damos o apoio ao Elmar”.
O nome de Elmar tem gerado resistência no Governo Federal porque o deputado é um dos principais adversários políticos do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia. Internamente tem se falado, aliás, que o parlamentar baiano tem buscado reuniões com o PL, principal partido de oposição ao governo.
O deputado Daniel Agrobom (PL) destacou que ainda tem candidato definido. “Estou acompanhando as movimentações, mas ainda não tomei uma decisão sobre para quem vamos apoiar,” afirmou.
Agrobom comentou sobre as possíveis orientações do partido. “Provavelmente haverá [uma orientação] para qual candidato apoiar, mas, mesmo que o partido decida, analisaremos com carinho para determinar quem é o melhor”, pontuou.
O suposto consenso entre governo e oposição pelo nome de Hugo Motta se deu após Marcos Pereira (Republicanos-SP), antes interessado na presidência, retirar seu nome para apoiar o colega de partido. “O Marcos não é mais uma opção, e agora estão falando de Hugo Motta. O Elmar também foi mencionado, mas há uma força significativa em torno do Hugo. Ainda há muita coisa para acontecer”, explicou.
O deputado também mencionou que a possibilidade de apoio a Elmar ainda é considerada difícil. “O PL tem uma ligação muito forte com outros candidatos, e o momento está muito incerto. Não podemos descartar nada, mas o apoio a Elmar parece complicado.”
A reportagem tentou contato com todos os 17 deputados goianos, porém os outros 14 não atenderam as ligações.
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