Há 7 anos, Douglas virou 'guardião' da história de Mato Grosso do Sul
Há sete anos, o professor Douglas Alves da Silva se conectou com os 500 metros de documentos, fotografias, mapas e jornais que integram o Arquivo Público Estadual de Mato Grosso do Sul. Desde então, só se viu mais próximo daquilo que conta a história e se tornou o “guardião” de partes da nossa narrativa. Ao invés de contarmos apenas sobre o que o Arquivo oferece, mostrar que é necessário gente para manter a história viva parece uma ideia melhor. E é por isso que no Dia do Trabalhador, a dica é não apenas conhecer sobre os documentos, mas valorizar quem garante o acesso a eles. “Aqui no Arquivo, nós trabalhamos desde com a organização e seleção de documentos que já foram catalogados até aqueles que chegam aos poucos. Mato Grosso do Sul, por ser um estado novo quando consideramos sua data de criação, tem peculiaridades. Muitas partes da nossa história não estão aqui, mas em Mato Grosso, e muitas coisas ainda chegam com doações, por exemplo”, explica Douglas, o atual coordenador do espaço. Antes de se tornar parte da equipe do Arquivo, o historiador trabalhava como professor na rede pública de ensino em Campo Grande. E, sabendo da importância de espaços que continuam mantendo a memória do Estado viva, levava os alunos para passeios. Entre esses locais estavam o Mercadão Municipal e, também, o prédio da Avenida Fernando Corrêa da Costa, o Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho. Com o tempo, passou a participar de mais ações envolvendo o tema até que foi convidado para integrar a equipe do Arquivo. De forma geral, o arquivo tem como objetivo preservar a memória histórica do Estado e de possibilitar o acesso da população. “Sob sua guarda estão documentos de valor permanente ou histórico produzidos pela administração pública e também registros pertencentes a empresas com atividades encerradas de grande importância histórica”, descreve a apresentação do arquivo. Exemplo dos acervos que são mantidos pelo Arquivo estão os itens da Colônia Agrícola Nacional de Dourados, que ganhou certificado da Unesco de “Memória do Mundo”, e da Companhia Matte Laranjeira. Com luvas e máscara, Douglas fez um tour pelo acervo e indicou peças como um álbum com as explicações sobre a disputa para selecionar qual seria a bandeira estadual, documentos entregues a governantes e as primeiras atas administrativas de Mato Grosso do Sul. Empolgado com os conteúdos, ele defende que mais do que manter tudo a salvo, o importante é fazer com que a história chegue à população. “Nós atendemos principalmente pesquisadores e a partir do trabalho deles é que a informação vai para a sociedade. É importante porque dessa forma é que entendemos mais sobre nossa identidade, sobre nossa história de forma geral”. Os primeiros indícios da criação do arquivo se vinculam à criação da “diretoria-geral do arquivo público”, em 1987. Mas foi em 1989 que o atual Arquivo Público Estadual foi instituído e, em 2007, passou a ser responsabilidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Hoje, o arquivo continua disponível para o público, sendo necessário entrar em contato e realizar as solicitações para que a equipe consiga verificar se os pedidos se encontram com os materiais disponíveis. Para conhecer mais, seu horário de funcionamento é de segunda até sexta-feira, das 7h30min às 17h30min. O espaço fica localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .